sábado, 21 de setembro de 2013

Capítulo 12 – Acaso

                                                           Justin P.O.V

Senti falta de perturbar Lindsay. Aproveitei que teria de acordar cedo para ir à gravadora, e resolvi dar uma passada em seu prédio. Ser uma boa pessoa, e oferecer ajuda aos necessitados. Quando cheguei, ela saía do prédio. A acompanhei andando devagar com o carro, porém Lindsay não percebeu. Ela começou a andar depressa, acelerei um pouco. Ficamos nisso por cerca de 10 minutos, até que o sinal fechou, e ela virou a esquina. Juntei as sobrancelhas com uma ponta de dúvida. O sinal parecia não querer abrir. Bufei e buzinei para o carro da frente avançar, porém foi em vão. O sinal abrira. Virei na rua que Lindsay virara. Porém tinham duas opções de caminho. Uma para a direita, e outra para esquerda. E agora? Pensei. Fui para a esquerda. Rua sem saída. Dei a marcha ré e segui para a direita. Entrei numa rua deserta. Semicerrei os olhos tentando enxergar três borrões ao longe. Acelerei o carro. Distingui Lindsay, uma moto, e um cara. O cara estava raquítico, mas dava uma boa pinta. Exceto pela sua expressão doentia. Mike. Pensei, rangendo os dentes. Acelerei mais ainda. Lindsay me vira, e saltou da moto. Esperei até que ela de afastasse dali para jogar o carro em cima da moto e de Mike, para acabar com ambos de uma vez só, mas não consegui. Pelo menos o assustara. Destravei as portas, e Lindsay entrou. Ela berrou para eu ir embora, e a obedeci. Saímos daquela bendita rua. Mas um momento, porque me preocupar em salvá-la? Mais um momento de compaixão? Ah, não. Eu teria de refrear esses sentimentos. Seguimos discutindo para a gravadora. Ah, como eu gostava de discutir com ela, me sentia tão bem, superioridade.

Chegamos à gravadora. Fomos para o estúdio, e após para o teatro. Combinei alguns passos com Sel, mas na hora de fazer o que combinamos não consegui, travei. Apesar de confiar em Sel, eu tinha medo de chegar mais perto, e não ser correspondido na coreografia. Scooter me advertiu por vezes, até que resolvi deixar a insegurança de lado, e tentar fazer com Selena como eu fazia com Jessica. Deu certo, percorremos quase todo o palco cantando, e fazendo gestos carinhosos, assim como acontecia com Jessica. Eu sorria, e Sel também. Fiquei aliviado por essa participação está dando certo. Todos aplaudiram ao final da música. Scooter veio me cumprimentar sorridente, me dando os parabéns. E disse que por hoje estava dispensado. Agradeci, e saímos do teatro. Sel veio ao meu lado, e Scooter logo atrás contando uma piada. Após terminarmos de gargalhar com a piada, percebi que Lindsay não estava ali.

– Scooter, onde está Lindsay? – A cada palavra minha voz subia uma oitava. Até que no fim eu já berrava.

– Ela disse que ia beber água.

– Ótimo. – Falei, irônico.

Corri, mas não para o elevador, fui pela escada de emergência, pulando de dois em dois degraus. Até que cheguei à recepção, com falta de ar. Parei, e agachei, colocando minhas mãos sobre meus joelhos para obter ar. Kenny veio sorridente em minha direção.

– E aí, Biebs? Sua namorada já foi.

– É, GRAÇAS A SUA INCOMPETÊNCIA! – Gritei, sem medir as palavras.

– Peraí, rapaz. Incompetência, não! – Rugiu Kenny. – Ela. Disse. Que. A. mãe. Dela. Ligou. Dizendo. Que. O. Pai. Dela. Estava. Passando. Mal. E ELA FOI PRA CASA AJUDAR A MÃE! – Rugiu ainda mais forte, me deixando sem reação. Porém me recuperei.

– Os pais dela não moram aqui, na verdade, eu nem sei se eles estão vivos. Não era pra você ter deixado-a sair em hipótese alguma, Kenny. – Disse entre dentes.

– Mas ela partiu para o lado pessoal.

– Não interessa. Agora ela corre perigo. – Passei as mãos sobre meus cabelos, preocupado.

– Você não se garante com sua própria garota? – Zombou Kenny, gargalhando.

– Ela não é a minha garota. Eu estou falando sobre outra coisa quando me refiro ao perigo.

– Mas eu tenho certeza de que você quer que ela seja a sua garota. – Deu uma piscadela.

Não respondi, e fui para a garagem, pela escada. Cheguei à garagem. Abri a porta do carro, e entrei, sentando e o ligando. Bati a porta com força. Eu desconhecia tanta raiva dentro de mim. Olhei para o banco do carona. Sua mochila estava ali. Fui para o seu prédio.

Cheguei ao prédio de Lindsay. Deixei o carro na garagem, e peguei sua mochila, subindo para seu apartamento. Apertei a campainha três vezes. Ela abriu a porta. Quando me viu ficou boquiaberta.

– Você esqueceu isso. – Rangi.

                                                           Lindsay P.O.V

Parei de correr. Estava cansada, e o sol contribuía muito para isso. Avistei um táxi, e fiz sinal. Ele parou, logo após entrei, e dei o meu endereço. O motorista seguiu para o prédio. Chegamos ao prédio. Meu coração apertou.

– Ahn... valeu tio. – Disse, abrindo a porta, e saltando do carro.

– Ei, espera aí, menina, meu dinheiro! – Esbravejou.

Porém eu já corria pela recepção do prédio.

– Não fale meu nome! Nem o número do meu apartamento! – Gritei para o porteiro.

Ele me olhou, confuso. Mas aposto que depois entendeu meu recado. Subi os degraus correndo, sem olhar pra trás. Não era a primeira vez que eu fazia isso com um taxista. Cheguei ao quinto andar. Ao lado da porta havia uma planta, e enterrada no estrumo uma chave extra. Cavei o estrumo, e peguei a chave. Abri a porta. Fechei-a. Fui para a janela da sala, e fechei as cortinas. Deixando a sala escurecida. Me joguei no sofá. Fechei os olhos.

A campainha tocava. Resmunguei, e levantei. Abri a porta. Era Justin, e sua expressão não era nada amigável. Fiquei boquiaberta.

– Você esqueceu isso. – Rangeu, e me mostrou a mochila.

Peguei a mochila, tentando parecer despreocupada.

– Obrigada. – Disse, fechando a porta. Porém ele impediu colocando seu pé na frente.

– Eu vou entrar. – Disse, e empurrou a porta.

Afastei-me, para não cair enquanto ele empurrava a porta com raiva. Justin a fechou, e virou-se para me encarar. Como sempre, seus olhos estavam confusos.

– Não chegue perto. – Falei, com medo. Enquanto Justin andava, se aproximando de mim.

Ele arrancou a mochila de minha mão direita e a jogou sobre o sofá. Suas mãos seguraram com firmeza os meus braços. Arquejei. Justin me virou, nos trocando de posição, ele ficou de costas para o sofá, e eu de costas para a porta. Ele me guiou para o lado. Pela visão periférica vi que estava de costas para a parede. Justin com controle total sobre meu corpo me empurrou para a parede, mas com delicadeza. Ele imprensou seu corpo contra o meu, e aproximou seu rosto do meu, colando nosso narizes. Sua respiração estava irregular, assim como a minha. Joguei minha cabeça pra trás, e fechei os olhos, tremendo por dentro, e por fora. Suas mãos, que ainda seguravam meus braços também tremiam. Senti sua mão esquerda largar meu braço. Seu dedo indicador acompanhou o contorno de meus lábios. Ofeguei. Meu peito estava descontrolado, e não havia como controlá-lo, eu perdera total moral sobre ele. Pedi em silêncio a meu coração que desacelerasse, mas ele não me obedeceu. Senti a respiração quente de Justin roçar em meu pescoço. Minha respiração saía pela boca, não havia condições de respirar pelo nariz. Seus lábios úmidos encostaram-se a meu pescoço, fazendo cara poro de meu corpo tremer. Gestos involuntários aconteciam, o que era aquilo? A situação ficava cada vez mais sufocante. Justin beijou meu pescoço com mais desejou, e apertou minha cintura.

– Pare... – Pedi, sussurrando.

– Eu quero você. – Disse por fim.

– Não posso. – Tentei levantar meus braços e empurrá-lo, porém como grande parte do meu corpo, eles não correspondiam ao meu comando.

– Eu sei que você quer dizer o contrário. – Disse com a voz rouca. 

Não respondi. Era exatamente isso. Fugir dele pioraria nossa situação.

– Chega. – Disse eu, entrelaçando minha mão direita nos fios de seus cabelos, lisos e macios. Puxei sua cabeça para olhá-lo. Seus olhos... sem dúvidas. De tudo o que acontecera isso foi o que mais me surpreendeu. Resolvi provocar, eu não poderia ser totalmente a passiva da situação. – Quem você quer? – Perguntei, tocando seu lábios de leve, e ainda segurando os fios de seus cabelos, controlado sua cabeça.

– Você. – Respondeu, e ficou com os lábios entreabertos.

– Justin Bieber quer a Lindsay? – Provoquei, tentando dizer numa voz provocante.

– Justin Drew Bieber quer a Lindsay. – Completou, e suas mãos apertaram meu bumbum, subindo meu corpo, fazendo com que eu ficasse nas pontas dos pés.
Ri de nossa situação complicada. Mordi seu lábio inferior, e Justin fechou os olhos. Passei as unhas da mão esquerda em sua barriga, o fazendo arrepiar.

– Chega, sou um homem de poucas palavras. – Disse Justin, me arrancando da parede. Ri de sua atitude, mas eu aprovava.

Justin me soltou, mas só para tirar a mochila do sofá. Ele me agarrou, jogando-me sobre o sofá, e ficando por cima de mim. Sorri maliciosa. Ele retribuiu o sorriso. Justin levantou minha blusa. Ergui meus braços para ajudá-lo. Nossos rostos ficaram próximos, sua respiração abafada atingiu meu rosto. E o que já devia ter acontecido a dois dias, aconteceu. Justin encontrou meus lábios, os tomando para si. Nossas línguas brincavam, docemente. Envolvi o pescoço de Justin com meus braços, enquanto suas mãos faziam carícias em minha barriga desnuda, fazendo com que a cada segundo eu arcasse minhas costas. Seus lábios eram macios, e quentes. Justin estava me proporcionando um prazer que eu nunca sentira. Ao pensar nisso desgrudei nossos lábios. Ele me fitou, e depois procurou por meus lábios novamente, porém eu estava caída, com a cabeça sobre o apoio para braço do sofá. Justin encontrou meu pescoço, mordiscando-o de leve e dando beijos estalados. Vinquei minhas unhas em seus braços. Onde estava a Lindsay sã? Suspirei sabendo que ela estava ali, mas negava interferir aquele momento. Justin parou, e apoiou sua cabeça em meu ombro esquerdo. Senti sua respiração irregular bater contra meu ouvido.

– Por que fez isso? Por que está aqui? – Perguntei, confusa.

– Confesso que se eu não fizesse isso hoje perderia mais uma noite de sono. – Sussurrou em meu ouvido, me causando calafrios no coração.

– Não parece que você teve insônia. – Comentei, risonha.

– Fedorenta, isso é papo. – Gargalhou. – Brincadeira, enfim, não dormi ontem muito bem. Senti falta de brigar com você. – Justin fungou, me causando arrepio.

– Eu dormi. Dormi pra suprir a ausência de nossas brigas. – Confessei.

Justin voltou a ficar por cima de mim, me fitando. Suas orbes douradas me observavam com certa cautela. Rastejei meu corpo pelo couro preto, ficando embaixo do olhar de Justin.

– Se você quiser eu posso ficar pra dormir. – Jogou uma indireta.

– Não. – Gargalhei. – Isso pode viciar, e eu não quero esse vício por enquanto.

– O vício pode te fazer muito bem.

– Não por enquanto. – Insisti.

– Nem todo vício é ruim.

– Quando nós conhecemos todos os seus prós e contras. – Dei uma piscadela.

– Você pode me conhecer. – Disse, roçando seu corpo no meu.

– Aos poucos. – Disse, achando ter encerrado o assunto.

– Você sabia que se envolver com Mike era errado, mas não tentou fugir disso.

– É outro assunto.

– E as drogas? É bom se viciar nisso? Não, né? Mas você as experimentou, e agora vem com esse papo de que não pode se viciar em mim. Para que fazer doce, drogada?

Fiquei perplexa com sua reação. Eu sabia que havia algo errado com aquilo. Empurrei Justin do sofá. Ele caiu deitado no chão. Peguei minha blusa no encosto do sofá, e levantei. Abri minha mochila com rapidez, e peguei minha carteira. Ele se levantara, e viera atrás de mim. A porta de meu apartamento ficara escancarada.

– Lindsay, espera! – Gritou.

– Como eu pude me deixar levar por você? Seu hipócrita, sem escrúpulos, sem sentimentos, uma pessoa tão seca por dentro! – Gritei, meus olhos ficaram embargados. Enxergava Justin aos borrões. As lágrimas caíram, sem minha permissão, e ainda por cima elas me machucavam com cada escorrimento. – Saia daqui! Não volte mais, e agora eu falo sério, não volte, porque eu não vou te atender. Eu preferia ter sido levada por Mike e está sendo torturada por uma faca do que com suas palavras. Você conseguiu me iludir. Parabéns! Agora grite para o mundo todo ouvir, estampe isso na People. Ria de mim pelas costas com sua amiga, Selena. Vá Justin, comemore, você conseguiu ferrar com a vida de mais uma. Você é foda! Era isso que queria ouvir? Pois bem, você ouviu. Agora me faça um favor? MORRA!

Corri, e abri a porta que dava na escada. Desci os degraus, apenas guiada por meus sentidos, eu não enxergava nada. Eu queria sumir, e só havia uma solução: Mike. Corri para seu encontro. Sem medo do que estava por vir.

Passei pela recepção. O porteiro me advertiu com o olhar. Só não o mandei se ferrar, pois o pobre não tinha nada a ver com a situação. Cheguei à calçada. Andei depressa. Homens que passavam nos carros mexiam comigo sem nenhum pudor. Olhei para baixo, e vi que continuava sem a blusa, só de sutiã. Foda-se. Pensei. Continuei andando. Atravessei a rua, mas continuei indo reto. Cheguei ao ponto de ônibus. Sentei no banco. Meus olhos ardiam, mas já não desciam mais lágrimas deles. Funguei, olhei minha carteira. 40 dólares. Suspirei. Olhei para meu lado direito. Lá vinha o ônibus. Levantei, fazendo sinal. Ele parou. Subi, e entreguei o dinheiro ao motorista. Ele também me advertiu com o olhar.

– É proibido andar sem camisa dentro do ônibus. – Disse, dando a entender que eu me retirasse do ônibus.

– Quem paga a merda do seu salário? A pessoa que paga a passagem, certo? Então me deixe andar como eu bem entender. – Cuspi as palavras.

Sem palavras, o motorista pegou o troco, e o entregou para mim, liberando a catraca eletrônica. Sentei na última fileira de bancos. O vento entrava pela janela, açoitando meus cabelos bagunçados, pelas mãos de Justin, roçava em minha pele, me causando frio, e soprava meus olhos. Eu não sabia se as lágrimas saíam pela velocidade do ônibus, ou pelas lembranças de 20 minutos atrás que vinham em minha mente. Abaixei minha cabeça, olhando a blusa amarrotada em meu colo. Peguei-a e a cheirei. O cheiro dele estava impregnado ali. Que vontade de jogá-la janela afora, mas eu saberia que sentiria frio, e precisaria da blusa para aparar meu frio. Ou talvez apenas o perfume nela me aquecesse, apesar dos pesares.

Apoiei minha cabeça na parede do ônibus. Foi difícil mantê-la ali com o sacolejo constante do ônibus, porém consegui. Funguei, pensando que daqui a alguns minutos eu veria aquelas orbes negras e doentias, mas pelo menos gostavam por mim, aliás, eram obcecadas por mim. Suspirei, abrindo os olhos. Já estava chegando, fiquei alerta. O ônibus subiu a rua íngreme. Só faltavam dois pontos. Levantei do banco, e andei pelo ônibus em movimento, me postando em frente à porta de saída. Apertei a campainha no ferro vertical do ônibus. O motorista freou, parando no ponto, e abrindo a porta. Desci. A rua estava movimentada. Todos me olharam, como se nunca tivessem me visto. Ao contrário, eles sentiam minha falta. Caminhei até a casa de Mike. Não havia muros para separar a casa da calçada. Passei por entre as pessoas que consumiam diversos tipos de drogas no jardim da entrada. Caminhei até o escritório que ficava no segundo andar. Meu consolo foi ter tantas pessoas ali, Mike não era insano o suficiente para me matar ali. Abri a porta do escritório. Pra minha surpresa Matt estava lá, sentado na cadeira de couro marrom atrás da mesa abarrotada de papéis. Chorei de felicidade por encontrá-lo depois de tanto tempo. Ele levantou, vindo a meu encontro. Reuni toda minha força, e o abracei num abraço sufocante. Terminamos o abraço, ele me avaliou.

– Por que está só de sutiã? – Perguntou, curioso.

– Ahn... Senti calor. – Menti.

– Seus olhos estão vermelhos. – Observou. – Não andou fumando o que não devia de novo, não é? – Perguntou, preocupado.

– Não. Antes fosse. – Respondi.

– Me conte. – Pediu.

– Hoje não dá, quem sabe outro dia. Onde está Mike? – Mudei de assunto.

– Não está.

Parecia que meu coração havia se ausentado desde que pus os pés ali, pois só o sentira bater quando ouvi de Matt que ele não estava ali.

– Se isso é uma brincadeira, pare. – Pedi, cansada de cair em armadilhas.

– Estou falando sério. Ele chegou à tarde todo ralado, com a moto arranhada, dizendo que tinha caído. Fez alguns curativos, e saiu, sem dizer pra onde ia.

– Ahn... ele se machucou muito? – Perguntei, mesmo que Mike não merecesse minha preocupação.

– Está ralado, nada demais.

– O que aconteceu? – Fingi não saber.

– Disse ele que caiu de moto. – Disse Matt, parecendo não ter sido convencido pela desculpa de Mike.

– Poxa, mas que pena. – Tentei disfarçar.

Matt vincou a testa, observando a mentira em minha testa.

– Você não tem nada a ver com isso, ou tem? – Pressionou.

– Claro que não. – Garanti, sem o convencer.

– Você nunca chegou aqui procurando por Mike, sempre chegava aqui procurando por tudo, menos Mike. E hoje, depois de séculos, você aparece perguntando onde está Mike. Muito estranho, e muito suspeito, dona Lind.

– Ahn... – Procurei pela resposta certa. – Preciso me divertir, e como a grana tá escassa, vim aqui. Mike sempre tem algo.

– Ok, o que você quer, vodka, whisky, drinks, batidas? – Indagou, mexendo em uma mecha de meu cabelo, distraído.

– Bebida não vai curar o que estou sentindo. – Fui direto ao ponto.

– Procure outro lugar, comigo aqui você não fará isso.

– Me responde uma coisa? – Perguntei, sorrindo fraco.

– Claro. – Sorriu.

– Ser perfeito cansa?

– Ah, sua linda. – Gargalhou, me dando uma gravata fraca, e deixando nossos corpos colados.

– Seu lindo. – Completei. – Enfim, já que não tenho permissão em fazer o que quero, me dê pelo menos uma garrafa de vodka. – Pedi.

– Claro. – Comemorou com minha desistência. – Até duas se você quiser. – Gargalhamos. – Venha, vamos descer. – Disse, entrelaçando sua mão direita a minha esquerda.

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